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“dou-vos um conselho: não vos preocupeis com esses homens e deixai-os ir embora. Porque, se este projeto ou esta atividade é de origem humana será destruído.

Mas, se vem de Deus, vós não conseguireis eliminá-los. Cuidado para não vos pordes em luta contra Deus!” (Atos 5, 38-39). 

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O que é de Deus permanece!

            É muito interessante o que Gamaliel diz nesse trecho de Atos dos Apóstolos. Enquanto todos os sacerdotes e fariseus estavam preocupados com a repercussão do ensinamento que Jesus havia deixado para seus apóstolos, o mestre da lei Gamaliel deixa claro: “se vem de Deus, vós não conseguireis eliminá-los”.

            Se analisarmos cuidadosamente a profundidade dessas palavras de Gamaliel, conseguimos entender a força da verdade evangélica anunciada por Jesus. A verdade não pode ser disfarçada e nem escondida por muito tempo.

            É certo dizer que, ao longo dos vinte séculos de caminhada de nossa Igreja, muitas coisas aconteceram, porém, sempre a força da verdade se sobressaiu sobre os erros e distorções. A força da palavra de Jesus Cristo perdurou e perdura pelos séculos, mediante o testemunho vivo e verdadeiro de sua Igreja apostólica.

            Como sinal de fidelidade e compromisso com as coisas do céu, Cristo anunciou o chamado de Pedro: “E eu te declaro: tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja; as portas do inferno não prevalecerão contra ela. Eu te darei as chaves do Reino dos céus: tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus” (Mateus 16, 18-19).

            Assim, o sinal de união entre o céu e a terra foi passado das mãos de Cristo para um homem comum, que ungido pelo Espírito Santo, foi chamado a administrar as coisas de Deus na terra. Não há como dizer ao contrário diante dessa verdade anunciada de forma tão clara.

            Jesus sabia o “risco” que poderia estar correndo em dar tamanha responsabilidade para aquele pescador, mas ainda assim, conseguiu enxergar uma rocha firme naquele pescador chamado Simão. É um conceito básico de administração! Nenhum grupo pode sobreviver sem um líder. Por essa razão, Cristo se preocupou em ensinar o modelo de liderança naquela ultima ceia, lavando os pés dos seus amigos e mostrando-se o líder servidor.

            O mais interessante de se pensar é que, mesmo com Pedro O negando três vezes (João 18, 27) antes do cantar do galo, Jesus ainda não desistiu de seus planos e reafirmou em uma de suas aparições após sua morte e ressurreição: “Simão, filho de João, amas-me? Pedro entristeceu-se porque lhe perguntou pela terceira vez: Amas-me?, e respondeu-lhe: Senhor, sabes tudo, tu sabes que te amo. Disse-lhe Jesus: Apascenta as minhas ovelhas” (João 21, 17).

            Propositalmente, Jesus fez Pedro anunciar três vezes o seu amor por Cristo, curando-o das três negações anteriores. Jesus sabia que não seria Pedro que iria guiar a Igreja, mas o Espírito Santo que Ele enviaria em Pentecostes. E assim, após a vinda do Espírito, ele assumiu seu papel diante da Igreja do Senhor.

            Tudo isso nos prova que vivemos segundo a vontade de Deus, quando vemos no Papa o sinal de comunhão com Deus. Sendo assim, todos esses ataques que o mundo, incansavelmente, move contra a Igreja de Cristo, de maneira especial contra o Sumo Pontífice, é prova de uma ação pesada contra as coisas de Deus.

            Para todas as pessoas que, sem pensar nas palavras de Gamaliel, atacam e difamam a Igreja, com provocações, textos, insinuações e movimentos separatistas e anarquistas, só posso parafrasear o que disse aquele fariseu há vinte séculos: “Cuidado para não vos pordes em luta contra Deus!”.

            Sem dúvida, todos os inimigos da Igreja, tanto os externos como os internos, estão travando uma guerra perdida, pois estão lutando contra o próprio Senhor, que habita no meio de nós pelo Espírito Santo.

            Não tenho dúvida que “as portas do inferno não prevalecerão” e, por isso, sairemos vencedores e muito mais fortes de mais esta batalha.

Deus nos abençoe!

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Adryadson Flabio Nappi

Professor, contador, teólogo, músico e escritor