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Fazer a vontade de Deus
Fazer a vontade de Deus

(Adryadson Flabio Nappi)

 

“Meu alimento é fazer a vontade daquele que me enviou e cumprir a sua obra.” (João 4, 34).

 

Esse pequeno versículo tem o poder de confortar os corações daqueles que Cristo chamou para viver a boa nova. Tudo começa com o encontro, ou seja, para aquele que se encontrou verdadeiramente com o amor de Cristo, o desejo de fazer Sua vontade é maior do que qualquer outra coisa.

Cristo diz para seus amigos que a maior satisfação é fazer a vontade do Pai. Quando o encontro acontece de forma real em nossa vida, é muito comum também termos essa satisfação. Nosso alimento passa a ser também o fazer a vontade daquele que nos envia para a missão e cumprir aquilo que Ele nos pede.

Por essa causa, muitas vezes, somos capazes de realizar coisas que até possam parecer loucura para alguns. São Paulo já nos alertou: “A linguagem da cruz é loucura para os que se perdem, mas, para os que foram salvos, para nós, é uma força divina. Está escrito: Destruirei a sabedoria dos sábios, e anularei a prudência dos prudentes (Is 29,14). Onde está o sábio? Onde o erudito? Onde o argumentador deste mundo? Acaso não declarou Deus por loucura a sabedoria deste mundo?”(Corintios 1, 18-20).

Fazer a vontade de Deus nem sempre é fácil... Até me arrisco em dizer que na maioria das vezes não é. Fazer a vontade de Deus é andar contra a maré. É voltar os olhos para muitas coisas esquecidas pela grande maioria.

Lembro-me nesse instante daquele jovem rico que perguntou para Jesus o que fazer para realizar a vontade de Deus. Assim lemos: “Um jovem aproximou-se de Jesus e lhe perguntou: Mestre, que devo fazer de bom para ter a vida eterna? Disse-lhe Jesus: Por que me perguntas a respeito do que se deve fazer de bom? Só Deus é bom. Se queres entrar na vida, observa os mandamentos. Disse-lhe o jovem: Tenho observado tudo isto desde a minha infância. Que me falta ainda? Respondeu Jesus: Se queres ser perfeito, vai, vende teus bens, dá-os aos pobres e terás um tesouro no céu. Depois, vem e segue-me! Ouvindo estas palavras, o jovem foi embora muito triste, porque possuía muitos bens” (Mateus 19, 16-22).

É interessante observar que Cristo foi mais fundo naquele jovem, quando o “cutucou” a respeito dos mandamentos. Cheio de orgulho, o jovem respondeu que já obedecia a lei, porém, ainda lhe faltava alguma coisa... Posso dizer que lhe faltava o encontro verdadeiro com Jesus!

A simples observância dos mandamentos não parecia suficiente para aquele jovem, e realmente não era. Não existe a satisfação em obedecer a uma lei sem realmente ter se encontrado com o Senhor Jesus e ter aderido a Ele como Senhor e Salvador e compreender a essência dessa lei: o Amor!

Quando Cristo então lhe oferece esse encontro pedindo a renuncia e o apostolado, o jovem se entristece e vai embora. “Vem e segue-me” é o convite que Cristo faz após o encontro conosco.

Porém, com o medo de renunciar as coisas oferecidas pelo mundo, optamos por escolhas erradas e não realizamos então a obra que Jesus sonhou para nossa vida. A desejo de servir a Deus e fazer Sua vontade é um fruto natural de quem verdadeiramente optou em colocar Cristo como centro de sua vida.

Aquele jovem não é diferente de nós, jovens de hoje. O medo de renunciar aquilo que para ele era mais importante, também assombra os nossos corações. Temos medo de deixar lugares, coisas e pessoas que não nos edificam em nada na vida, simplesmente por achar que perderemos nossa juventude e não “curtiremos a vida”.

Curtir a vida é muito mais do que baladas, bebidas, sexualidade desenfreada e falsas amizades. A vida está além disso. Curtir a vida e a juventude é acima de tudo, plantar as sementes que queremos colher na idade adulta.

Se queremos construir uma família feliz, com um casamento baseado no amor e na fidelidade... Se desejamos amizades duradouras e construtivas, precisamos começar a rever nossos conceitos de curtir a vida, pois a árvore boa começa com uma raiz profunda.

Por isso, quero falar direto para ti, jovem! Não tenha medo de escolher Cristo, pois Ele é a raiz profunda, que nos trará a verdadeira felicidade. Não cansarei de parafrasear João Paulo II, quando disse para os jovens: “Nada fora de Cristo trará felicidade”.

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