A teologia foi uma luz que entrou na minha vida. Antes de começar, lembro-me que disse para uma pessoa do meu desejo e ela me falou: “cuidado para não perder a fé”. Porém, mesmo assim decidir fazer tentando seguir o conselho de São Tomas de Aquino que diz: “teologia se estuda de joelhos”.
Se pensarmos ao pé da letra, teologia é estudo de Deus, porém, como ninguém pode e nem é digno de estudar o próprio Deus, então é o estudo das coisas que levam ao conhecimento de Deus.
Porém, é importante entender que a teologia deve ser estudada por quem já teve uma experiência pessoal com Deus e que agora busca um conhecimento melhor. Não é para todos... Deus não precisa que todos se tornem teólogos...
Na minha vida em especial, a teologia foi uma forma eficaz para reconhecer minha miserável condição diante de tamanha grandeza e insondável riqueza de Deus e da Igreja.
De alguma forma, ser teólogo tornou-me alguém melhor, mais voltado para coisas que não passam e me ajudou a ser um contador e um professor melhor.
O que mais me fascina em Cristo é sua gratuidade no amar e sua forma de ensinar e trabalhar o coração de seus amigos. Temos a tendência de escolher as melhores e as mais úteis pessoas para estarem perto de nós, enquanto Jesus não escolheu assim.
Às vezes fico pensando em quem eu escolheria para completar os doze apóstolos e a pequena comunidade messiânica. Acho que não saberia escolher e, provavelmente, o cristianismo não teria atravessado os séculos.
Jesus conseguia trabalhar o coração das pessoas e torná-las melhores. Quem diria que um homem rude e sem instrução poderia governar tão grande instituição? Quem poderia imaginar que o “filho do trovão” poderia escrever o evangelho do amor?
A teologia me ajudou a enxergar tudo isso e mostrou-me como tentar ser alguém que faça a diferença para a humanidade através de pequenos atos de amor e de sabedoria. Por isso, levo tão a sério a teologia...